sábado, 5 de março de 2016

Crise política deve piorar, com violência nas ruas

A Operação Alethéia, 24ª fase da Lava Jato, que conduziu coercivamente o ex-presidente Lula para depor, deve aprofundar a crise política e acirrar os confrontos entre governistas e oposicionistas, inclusive com violência nas ruas. Esta é uma possibilidade levantada por analistas. 
"A tendência à violência de rua é muito forte porque existem elementos que podem justificar o discurso de Lula e do PT de que eles são perseguidos", avalia o cientista político Aldo Fornazieri. "Se, pela via institucional não se vê saída, os conflitos passam a ser resolvidos na rua, o que é muito grave para um país. Mais grave ainda quando o Judiciário é arrastado para dentro do processo de radicalização política", complementa.
O filósofo Roberto Romano diz que "se não se assumir uma prudência muito grande, a coisa pode degringolar, o que plantará uma situação ainda mais difícil para a falta de governabilidade que o país já enfrenta atualmente."
Segundo ele, nenhum dos poderes funciona normalmente no momento. "A presidente não consegue governar e está ameaçada de impeachment. O presidente da Câmara virou réu da Lava-Jato. O do Senado pode virar a qualquer momento. E o Ministério Público tem trabalhado a toque de caixa, em ritmo de urgência", diz.
Para Renato Janine Ribeiro, professor de ética e filosofia política e ex-ministro da Educação do governo Dilma, "para a direita, a operação equivale à condenação de Lula, uma vez que ela tem se comportado como se qualquer pronunciamento do aparelho judicial implicasse numa condenação". "Para a esquerda, a operação representa a consagração de Lula como mártir político", ressalta. Foto: Correio do Pantanal. 
Créditos: Brasil 247

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