Cerca de 250 mil menores sírios, que vivem em áreas sitiadas por causa do conflito no país, estão sendo afetados por bombardeios e ataques aéreos, mostra relatório divulgado hoje (9) pela organização Save The Children. O relatório diz que os familiares têm de enfrentar o impacto psicológico que as crianças sofrem por causa das explosões e da falta de alimentos, medicamentos básicos e água potável.
Para elaborar o documento, divulgado cinco anos depois do início da guerra, a organização entrevistou mais de 125 mães, pais e crianças separadas em 22 grupos. Em todos eles, os menores afirmaram que vivem com “medo constante”. Os pais, por sua vez, observaram que o caráter de suas crianças mudou e que agora são mais “retraídos, agressivos e depressivos”.
Quase todos os grupos revelaram que nas suas comunidades diversas crianças morreram por causa da falta de medicamentos e de acesso ao sistema de saúde. O levantamento mostra também que o número de refeições diárias diminuiu, com grupos denunciando a morte de crianças devido à fome e à má nutrição. A Save The Children alertou que, apesar de ter aumentado a ajuda às áreas sitiadas na Síria, só entra no território uma pequena parte da ajuda necessária.
As crianças pagam o preço da falta de ação do mundo, disse Misty Buswell, da organização. No documento, a Save The Children pede às partes envolvidas no conflito que permitam que a ajuda humanitária chegue sem restrições às regiões afetadas e que as escolas e hospitais deixem de ser atacados.
Créditos: Agencia Brasil
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