O alto comissário das Nações Unidas para Refugiados, António Guterres, disse que a situação atual no país é de “calamidade humanitária sem precedentes na história recente”. “O único conforto é a postura humanitária demonstrada pelos países da vizinhança de receber e salvar as vidas de tantos refugiados”, disse.
Mais de 97% dos refugiados sírios estão abrigados em países vizinhos à Síria, sobrecarregando a infraestrutura, economia e dinâmica social da região. A média diária de fuga é 5 mil sírios. Os locais mais procurados são o Iraque, a Jordânia, o Líbano e a Turquia. Amanhã (4), autoridades dos quatro países se reúnem em Genebra (Suíça), na tentativa de acelerar o apoio internacional para ajudar os refugiados.
O balanço do Acnur mostra que até o fim de agosto, os números de refugiados eram 110 mil no Egito; 168 mil no Iraque; 515 mil na Jordânia; 716 mil no Líbano; e 460 mil na Turquia. Pelo menos 52% são crianças e adolescentes com menos de 17 anos. Na semana passada, o Acnur havia divulgado que o número de crianças sírias refugiadas havia ultrapassado a marca de 1 milhão.
Paralelamente, mais de 4,25 milhões de pessoas estão deslocadas internamente na Síria, de acordo com estatística de 27 de agosto do Escritório das Nações Unidas para Coordenação de Assuntos Humanitários (Ocha).
O Acnur atua internamente na Síria e sofre com a escassez dos recursos, pois tem 47% dos fundos necessários para atender às necessidades emergenciais dos refugiados cobertos. Criado em 1950 pela Assembleia Geral das Nações Unidas, o alto comissariado tem o objetivo de liderar e coordenar ações internacionais que solucionem as questões de proteção a refugiados em todo o mundo. Pelo estatuto de criação, a prioridade do Acnur é salvaguardar os direitos e o bem-estar dos refugiados.
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