A revista Forbes Israel divulgou dados sobre as finanças das organizações terroristas “mais ricas” do mundo. Quem são? Das dez organizações, uma é da Europa, outra é da América Latina, duas são da África, três são do Oriente Médio outras três da Ásia.
No último lugar na lista, com 25 milhões de dólares, está Boko Haram (o que significa em árabe Pessoas Dedicadas aos Ensinamentos do Profeta para Propagação e Jihad), um grupo fundamentalista islâmico nigeriano fundado em 2002. A sede do grupo encontra-se em Maiduguri, uma cidade no nordeste da Nigéria.
O objetivo de Boko Haram é a criação no norte da Nigéria de um “estado puramente islâmico” baseado na lei Sharia e a erradicação completa do modo de vida ocidental. As fontes de financiamento são roubos, inclusive de bancos, resgates por reféns, bem como contribuições privadas de comerciantes da região do norte que usam o grupo na luta pelo poder.
A única organização terrorista europeia, o Verdadeiro Exército Republicano Irlandês (IRA), ocupa o nono lugar, com um orçamento de 50 milhões de dólares. A organização paramilitar chamada de Exército Republicano Irlandês (IRA) existe desde 1905. A Verdadeira IRA separou-se do IRA em 1997, não concordando em cooperar com as autoridades britânicas para restabelecer a paz na Irlanda do Norte.
Ainda desde o início dos anos 90 o grupo começou a comprar empresas legalmente existentes, reforçando esta tendência após o anúncio do armistício. Os negócios pertencentes à IRA são principalmente bares, hotéis, boates, lojas, prédios de apartamentos, restaurantes, cadeias de lojas. Uma das principais fontes de rendimento é o contrabando de cigarros, que a IRA importa para a Irlanda em contentores da Europa. O grupo também está envolvido em contrabando e produção ilegal de bebidas alcoólicas. Uma das principais fontes de financiamento são fornecimentos ilegais de combustível, o que custa à tesouraria britânica centenas de milhões por ano em impostos não pagos.
O grupo somali Al-Shabaab, que ocupa o oitavo lugar e tem 70 milhões de dólares, significa “juventude” em árabe. Este grupo foi formado em 2006 como uma jovem ala radical da agora extinta União dos Tribunais Islâmicos que combatia as tropas etíopes que invadiram a Somália para apoiar o fraco governo local. O grupo Al-Shabaab juntou-se à Al-Qaeda em fevereiro de 2012. A Eritreia apoia Al-Shabaab porque o grupo se opõe à Etiópia, antigo inimigo da Eritreia.
No sétimo lugar, com 100 milhões de dólares, está o grupo terrorista paquistanês Lashkar-e-Taiba (Guerreiros Nobres ou Árvore do Bem numa tradução aproximada do Árabe) que opera também no Afeganistão. Ele conta com o apoio financeiro tácito do serviço de inteligência paquistanês, recebe dinheiro da Caxemira e de paquistaneses que vivem nos países do Golfo Pérsico, no Reino Unido e noutras partes do globo. Os sauditas também foram pioneiros da criação desta organização e participaram ativamente na sua expansão.
Em sexto lugar está a Al-Qaeda, uma organização terrorista internacional com células clandestinas autônomas em 50 países do mundo, com um orçamento superior a 150 milhões de dólares. Os tipos de financiamento da Al-Qaeda são os seguintes: tráfico de drogas, doações e presentes de indivíduos e organizações religiosas, principalmente de apoiantes nos países do Golfo Pérsico, em particular da Arábia Saudita. Outro patrocinador da Al-Qaeda é o serviço de inteligência militar paquistanês Inter-Services Intelligence (ISI).
Estas organizações que inspiram medo a todo o mundo têm orçamentos fabulosos. E quando o mundo fala de dificuldades em encontrar dinheiro para crianças famintas na África ou para apoiar desempregados na Europa, ele deve se lembrar dessas estruturas com bilhões de dólares em rendimento. Aparentemente, elas não têm nenhuma crise econômica. Foto: East News/Kate Brooks / Polaris Por Milena Cmiljanic
Créditos: Voz da Russia
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