Todo mundo conhece alguém que tem ou teve depressão. Não sem razão. A OMS (Organização Mundial de Saúde) estima que 350 milhões de pessoas sofram do problema em todo o mundo. Além disso, a depressão é considerada a doença mais incapacitante, ou seja, que impede a pessoa de fazer qualquer outra atividade. Aqui no Brasil, só no ano passado, quase 22 mil pessoas passaram a receber auxílio-doença por causa do transtorno depressivo recorrente, segundo dados do Ministério da Previdência Social.
A doença pode ainda, na pior das hipóteses, levar ao suicídio. Segundo levantamento divulgado no ano passado, em 16 anos, as mortes causadas pela depressão cresceram 705% no Brasil, estando incluídos nessa estatística casos de suicídio e outras mortes motivadas por problemas de saúde decorrentes de episódios depressivos.
Essa desordem mental tão comum tem uma série de sinais e sintomas, que vão desde alterações físicas até quadros emocionais. O professor associado do Departamento de Psiquiatria da USP (Universidade de São Paulo), o psiquiatra Cássio Bottino, separou alguns dos aspectos mais importantes da doença. Se houver identificação com os principais sintomas, a indicação é sempre procurar um psiquiatra. O acompanhamento feito com psicoterapia e medicação é eficaz para a maioria dos casos.
Nove sinais de que você pode estar com depressãoPassar muito tempo remoendo situações difíceisÉ normal ficar triste depois de um acontecimento negativo, como uma separação conjugal ou a perda do emprego. Mas, a tendência de supervalorizar esses acontecimentos pode ser um sinal que merece atenção.Foto: Getty ImageAtividades que antes eram prazerosas perdem a graçaPessoas depressivas têm a capacidade de sentir prazer reduzida. Além disso, elas tendem a se enxergar como alguém sem valor, indesejável ou inadequado, que se irrita com facilidade e tem crises inexplicáveis de choro.Foto: Getty Images
A redução do prazer atinge a libido
Muitos pacientes com depressão se queixam de redução do interesse pelo sexo e do prazer sexual. Muitas vezes, isso resulta da própria apatia em que a pessoa se encontra, tomada pela fadiga e pela sensação de perda de energia.Foto: iStock Diminuição do aproveitamento profissional
Lentidão de raciocínio, e até de movimentos, fazem parte dos sintomas da depressão. Pode haver dificuldades de memorização e de concentração.Foto: Shutterstock
Insônia ou muito sono e cansaço
Os sinais físicos da depressão também incluem alterações no sono. Alguns pacientes se queixam de falta de sono, já outros, reclamam que, mesmo dormindo por várias horas, se sentem cansados, apáticos e sem energia.Foto: Thinkstock
Falta de apetite ou apetite exagerado
Alterações do apetite fazem parte dos sintomas fisiológicos da depressão. No geral, se percebe uma perda no apetite, mas alguns pacientes podem apresentar aumento da fome.Foto: Thinkstock
Casos de depressão na família
A hereditariedade é um dos vários fatores e origens da depressão. Filhos de pais com depressão têm um risco maior de desenvolver a doença.Foto: Shutterstock
Ter diagnóstico positivo para doenças que causam incapacidade e dor crônica
Há uma relação direta entre processos inflamatórios e a depressão. Tanto os doentes crônicos ficam mais deprimidos como os indivíduos deprimidos tendem a ser mais propensos a doenças infecciosas. Alguns medicamentos também podem desencadear quadros depressivos.Foto: Thinkstock
Passar muito tempo de luto pela morte de um ente querido Segundo o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais, da APA (Associação Americana de Psiquiatria), a tristeza decorrente do luto pode indicar transtorno depressivo quando se prolonga por mais de duas semanas. Muitos profissionais brasileiros, contudo, consideram normal um período de luto de até seis meses.Foto: Getty Images. (UOL).Foto: DIC.
-
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Os comentários aqui publicados são de responsabilidade de seus autores.