As regiões sul e sudeste, sempre de acordo com o IBGE, seguiram no topo das lista das pessoas diagnosticadas com depressão, com 12,6% e 8,4%, respectivamente – contra 7,2% (Centro Oeste), 5% (Nordeste) e 3,1% (Norte). Este dado geográfico, na opinião de Tamai, está mais relacionado ao acesso a informação do que num comparativo com uma vida mais tranquila – já que os centros urbanos sempre concentram o maior número de pessoas com este quadro.
“Um centro onde as pessoas são mais informadas sobre o que é depressão, elas até procuram mais tratamento e reconhecem mais a depressão de uma maneira mais clara. As pessoas são mais esclarecidas”, explica na relação entre a área urbana (8%) e a rural (5,6%). “Para quem não tem tanta informação, a depressão pode ser relacionada com uma canseira”, por exemplo.
Sobre a falta de procura profissional para tratar da questão, uma vez que, segundo o levantamento, 73,4% das pessoas diagnosticadas com depressão não procuraram tratamento, Tamai volta ao tema central do preconceito. “Ainda é muito grande, sem dúvida”, diz.
“É um conceito que a gente trabalha muito com a psicofobia, fazemos campanha em relação a isso usando celebridades para quebrar essa barreira. Não é só o Brasil. Nos EUA, metade da população não procura ajuda. É uma questão que se evita”, explica ainda.
“Existe o preconceito e isso é ruim, porque as pessoas acabam tendo alguns comportamentos complicados. Muita gente deprimida começa a fazer abuso de substância, como álcool, remédios para insônia ou uso de estimulantes, como cocaína. Estou para baixo e começo a fazer esse uso e agravando o quadro”, finaliza. (Terra)
Créditos: WSCOM
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