Um estudo britânico sugere que exames de sangue regulares podem detectar 86% dos casos de câncer no ovário de forma precoce. Exames feitos durante 10 anos em mais de 46 mil mulheres britânicas sugerem que este tipo de tumor pode ser detectado em um estágio inicial da doença.
O câncer de ovário pode ser fatal, pois frequentemente é diagnosticado muito tarde. A doença é de difícil de ser diagnosticada, pois seus sintomas, dores abdominais, inchaço persistente e dificuldades para se alimentar, também são comuns em outros males.
Mas exames de sangue podem detectar variações nos níveis da substância CA125, produzida por tumores no ovário. Para o estudo, o grupo de pesquisadores britânicos UK Collaborative Trial of Ovarian Cancer Screening fez exames de sangue anuais em mulheres que já tinham passado pela menopausa.
Os cientistas checavam alterações nos níveis do CA125 durante os testes. Quando os níveis subiam, as mulheres eram encaminhadas para mais exames, incluindo um ultrassom. Os resultados dos testes, publicados na revista especializada Journal of Clinical Oncology, mostraram que 86% dos casos de câncer foram detectados a partir dos exames de sangue.
“(O resultado) É bom, mas o importante é se detectamos o câncer cedo o bastante para salvar vidas, esperamos ter feito isto”, disse à BBC o professor Usha Menon, do University College de Londres, que participou da pesquisa. Os dados sobre os casos de morte entre as 46 mil mulheres examinadas serão divulgados ainda em 2015.
Estudos anteriores questionavam o benefício de promover exames para detectar câncer no ovário. Mas, com este estudo, o maior já realizado do tipo no mundo, visa justamente chegar a uma conclusão final sobre o tema.
Os testes foram realizados de 2001 a 2011 – agora foram divulgados os resultados preliminares, que se mostraram promissores. O método dos cientistas, de monitorar o CA125, determina o que pode ser considerado como nível alto da substância para cada mulher individualmente.
Este método parece ser duas vezes mais eficaz do que tentativas anteriores que usavam os mesmos parâmetros para todas as mulheres. A abordagem personalizada pode ser útil também para detectar outros tipos de câncer, como o de próstata. (Da BBC). Foto: EBC.
Crédito: Diario da Manhã
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