Durante a Conferência da Sociedade Internacional da Aids, que ocorre na Malásia, o cientista indicou que os dois pacientes não mostraram mais sinais de HIV mesmo depois de terem interrompido o tratamento anti-retroviral há alguns meses, informou nesta quarta-feira o jornal The Star.
Henrich precisou que não ainda não pode confirmar a cura dos pacientes, que também sofrem de câncer, até que novos testes sejam feitos.
— Um acompanhamento de pelo menos um ano será necessário para entender o impacto total de um transplante de medula óssea no vírus da Aids.
Ambos os pacientes padeciam de linfoma de Hodgkin e estavam sendo submetidos a um tratamento anti-retroviral há um longo período. Um deles passou pelo transplante há quatro anos e meio, enquanto o outro o recebeu há três anos. Após o transplante, ambos os pacientes continuaram com o tratamento contra a Aids, mas, posteriormente, eles pararam de tomar o anti-retroviral, um há 15 meses e o outro há sete.
Neste contexto, o HIV, que antes do transplante era facilmente detectado no sangue dos homens, voltou a ser indetectável. Apesar do fato parecer inusitado, Henrich explicou que as células da doadora teriam substituído as dos pacientes.
O médico comentou que, por enquanto, só os pacientes com câncer recebem transplantes de medula óssea, uma operação considerada muito custosa (R$ 220 mil) e que conta com um índice de mortalidade entre 15% e 20%. Henrich também afirmou que estes casos se diferenciam do americano Timothy Ray Brown, já que este conseguiu se curar da Aids ao receber uma medula óssea de uma pessoa com resistência ao vírus.
Créditos: R7
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