O Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) ampliou seu ritmo de deflação, ao passar de -0,45% em maio para -0,63% em junho, segundo dados divulgados pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). Em junho de 2013, a variação foi de 0,76%. Com o resultado, a taxa acumulada nos primeiros seis meses do ano é de 2,10%. Em 12 meses, o IGP-DI avançou 5,77%. O IGP-DI de junho foi calculado com base nos preços coletados entre os dias 1º e 30 do mês de referência.
A queda mais expressiva foi apurada pelo Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), que registrou uma variação de 0,66%, abaixo dos 2,05% apurados no mês anterior. O índice relativo a Materiais, Equipamentos e Serviços registrou variação de 0,30%. No mês anterior, a taxa havia sido de 0,57%. O índice que representa o custo da Mão de Obra chegou a 0,99% em junho. No mês anterior, este índice subiu 3,42%.
Já o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) desacelerou de 0,52% em maio para 0,33%, em junho. Seis das oito classes de despesa componentes do índice reduziram suas taxas de variação, sendo que a contribuição de maior magnitude para o recuo da taxa partiu do grupo Alimentação (de 0,45% para 0,08%), influenciado pelo comportamento do item hortaliças e legumes, cuja taxa passou de -1,42% para -8,82%.
Outros grupos que perderam força no período foram Habitação (de 0,68% para 0,52%), Transportes (de 0,27% para 0,11%), Educação, leitura e recreação (de 0,78% para 0,36%), Saúde e Cuidados Pessoais (de 0,76% para 0,60%) e Despesas Diversas (0,93% para 0,56%). Os itens que se destacaram nestas classes de despesa foram tarifa de eletricidade residencial (de 2,84% para -0,40%), tarifa de ônibus urbano (de 0,51% para -0,22%), passagem aérea (de 11,07% para -2,42%), medicamentos em geral (de 1,20% para 0,00%) e jogo lotérico (de 7,29% para 2,90%), respectivamente.
Por outro lado, os grupos que avançaram no período foram Vestuário (de 0,29% para 0,75%) e Comunicação (de 0,02% para 0,24%). Na primeira classe de despesa, vale citar o comportamento do item roupas (de 0,27% para 0,78%), e na segunda, tarifa de telefone móvel (de 0,00% para 0,56%), respectivamente.
Já o núcleo do IPC registrou taxa de 0,53%, ante 0,49% apurada no mês anterior. Dos 85 itens componentes do IPC, 46 foram excluídos do cálculo do núcleo. Destes, 26 apresentaram taxas abaixo de 0,17%, linha de corte inferior, e 20 registraram variações acima de 0,95%, linha de corte superior.
O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) apresentou deflação de -1,21% em junho, mantendo a variação registrada em maio. O índice relativo a Bens Finais apresentou variação de -1,32%. No mês anterior, a taxa de variação foi de -1,22%. Os números foram afetados pela desaceleração do subgrupo alimentos processados, que caíram de 0,04% para -0,62%. O índice de Bens Finais (ex), que resulta da exclusão de alimentos in natura e combustíveis, registrou variação de -0,11%, ante -0,02%, no mês anterior.
O índice do grupo Bens Intermediários apresentou taxa de variação de -0,25%, ante -0,46% no mês anterior, devido ao avanço do subgrupo materiais e componentes para a manufatura, cuja taxa de variação passou de -0,72% para -0,52%. O índice de Bens Intermediários (ex), calculado após a exclusão de combustíveis e lubrificantes para a produção, apresentou variação de -0,25%. No mês anterior, a variação foi de -0,50%.
No estágio das Matérias-Primas Brutas, a taxa de variação passou de -2,08%, em maio, para -2,21%, em junho. Os destaques no sentido descendente foram soja em grão (de 0,90% para -0,31%), cana-de-açúcar (de 0,85% para -1,29%) e café em grão (de -3,01% para -8,56%). Em sentido ascendente, os itens que se destacaram foram aves (de -4,38% para 0,57%), bovinos (de -0,79% para 1,05%) e minério de ferro (de -5,69% para -5,02%).
Créditos: GGN
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