Mesmo com a erotização estando presente em peças publicitárias, na televisão e também na internet, há quem acredite ainda que as revistas pornográficas representem algum tipo de “ameaça” à “moral” ou à “família”. Em São José do Rio Preto, interior de São Paulo, por exemplo, a câmara dos vereadores aprovou, quase por unanimidade, na última terça-feira (19), um projeto de lei que proíbe as bancas de jornais exibirem revistas de cunho erótico.
O autor do projeto de lei, o vereador Márcio Larranhaga (PSC), afirmou que a medida visa “preservar a família”. “Crianças iam trocar figurinhas do álbum da Copa e ficavam constrangidas. Fiz esse projeto em nome da família rio-pretense”, afirmou o parlamentar durante a sessão que culminou na aprovação do projeto. O único vereador a votar contra foi Marco Rillo (PT). Segundo ele, trata-se de um projeto de lei demagogo e que, se aprovado, ninguém vai cumprir.
“Acontece o seguinte, você abre as revistas, de uma maneira geral, e elas próprias, assim como os jornais, têm folhas inteiras de conteúdo sensual ou erótico. Você assiste a novela “Malhação”, que passa às 5 horas da tarde, tem cenas quase de sexo. Qualquer novela é assim. Big Brother, então, é pior ainda”, constatou. “Agora, você proibir o cara de exibir uma revista lacrada? Eu acho que é pura demagogia”, disse o vereador. O projeto estipula multa de até R$ 7,2 mil e a suspensão do alvará para a banca de descumprir a regra. A lei segue, agora, para a sanção ou veto do prefeito Valdomiro Lopes (PSB)
Créditos: SpressoSP
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