Ao ser entrevistada pelo Jornal Nacional no dia 27 de agosto, a candidata a Presidente da República Marina Silva (PSB), disse haver “uma lenda de que sou contra os transgênicos, mas isso não é verdade”. Mas os fatos mostram que não se trata de lenda. Em 2002, a então senadora petista pelo Acre fez um discurso onde recorreu não à ciência, mas à Bíblia para explicar por que era contra o cultivo de alimentos geneticamente modificados.
Apresentou uma argumentação baseada em texto das Escrituras: “Em Gênesis 21,33, o próprio Patriarca Abraão, com mais de 80 anos, resolve plantar um bosque. Quem planta um bosque com quase 100 anos está pensando nas gerações futuras, que têm direito a um ambiente saudável. Era esse o significado simbólico do texto. No Êxodo 22,6, há determinação explícita no sentido de que quando alguém atear fogo a uma floresta ou bosque deverá pagar tudo aquilo que queimou. Talvez essa regra seja mais rigorosa do que as do Ibama. Com relação aos transgênicos, o livro Levíticos 22,9 expressa claramente que não se deve profanar a semente da vinha e que cada uma deve ser pura segundo a sua espécie''.
Diante de mais uma contradição da candidata do PSB, a campanha da presidente Dilma Rousseff (PT) prepara um novo pacote de críticas. O programa da petista mostrará o que Marina já disse sobre o uso de transgênicos na agricultura. Os petistas identificaram que a ex-ministra do Meio Ambiente ainda pode perder votos nas regiões Sul e Centro-Oeste, onde a produção rural é mais forte. O marketing do PT pretende usar o discurso de 2002 no Senado em que Marina citou a Bíblia ao criticar o plantio de sementes geneticamente modificadas.
O foco desta nova empreitada é contar com a adesão de líderes ruralistas que hoje apoiam Aécio Neves (PSDB) num possível segundo turno com Marina.
Créditos: Brasil 247
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