Em encontro com empresários ontem (17), a presidente Dilma Rousseff (PT) defendeu a manutenção dos direitos trabalhistas, ainda que haja mudanças na legislação.
— Quando se tem mudança na relação de trabalho, a legislação tem que mudar. Agora, essas mudanças na legislação não podem comprometer direitos [...] Vamos ter clareza, 13º, férias e hora extra [não se muda] ‘nem que a vaca tussa’.
Acompanhada do ministro da Micro e Pequena Empresa e vice-governador de São Paulo, Guilherme Afif Domingos (PSD), a presidente se reuniu com empresários na Associação Comercial de Campinas, interior de São Paulo. A defesa dos direitos trabalhistas foi feita em resposta a um empresário que a questionou sobre o tema. No encontro, Dilma voltou a afirmar que o Supersimples é o primeiro passo para a reforma tributária no País, demanda cobrada pela presidente da associação e candidata a deputada estadual, Adriana Flosi (PSD).
— Estamos fazendo uma grande reforma tributária com os micro e pequenos empresários. Estamos fazendo isso debaixo para cima.
Sancionado em agosto deste ano, o Supersimples é um sistema de tributação para as micro e pequenas empresas que unifica oito impostos em um único boleto e reduz a carga tributária. Dilma chegou pela manhã em Campinas para a reunião na associação, compromisso previsto em sua agenda oficial de presidente. Depois, se encontrou com cerca de 60 intelectuais, entre os quais estavam professores da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) e saiu para caminhada pelo centro da cidade, organizada por sua equipe de campanha.
O ato percorreu menos de um quarteirão e parou na praça Rui Barbosa, onde a candidata discursou para um grupo de militantes. Ela lembrou que já morou em Campinas quando era estudante e defendeu investimentos na área da Educação, antes de fazer um apelo a seus eleitores.
— Nós criamos empregos, temos um projeto para o Brasil. Você sabe que faltam poucos dias para a eleição. Tem muita mentira, muito ódio nesta eleição. Então eu peço a vocês que, quando virem mentira ser falada, vocês respondam com a verdade. E a verdade é uma só: que este País mudou, hoje as pessoas têm muito mais oportunidades. Questionada por jornalistas se o crescimento de quatro pontos percentuais de Aécio Neves (PSDB) na pesquisa Ibope divulgada ontem seria resultado de uma "onda da razão" entre os eleitores, expressão utilizada pelo próprio candidato, a presidente afirmou que não comenta sondagens eleitorais. — Cada um tem liberdade para fazer o marketing que quiser. Eu não comento pesquisas. Foto: R7
Créditos: R7
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