quinta-feira, 1 de janeiro de 2015

Papa pede luta contra as formas modernas de escravatura

O Papa Francisco pediu esta quinta-feira que se lute contra as formas modernas de escravatura, durante a homilia que proferiu na missa que celebrou no Vaticano, por ocasião da Jornada Mundial da Paz. 
Todos estamos destinados a ser livres, todos a ser criança, e cada um, de acordo com a sua responsabilidade, a lutar contra as formas modernas de escravatura, disse o pontífice argentino na Basílica de São Pedro. 

O Papa Bergoglio considerou, no discurso associado à celebração da 48.ª edição da Jornada Mundial da Paz, que as «escassas» oportunidades de trabalho contribuem para o aparecimento de formas de escravatura moderna. 
Esta mensagem foi mais um passo no sentido da do dia 12 de dezembro do Vaticano, em que o papa disse que as empresas devem oferecer aos empregados «condições de trabalho dignas e salários adequados” e criticou como forma de opressão moderna “a corrupção de quem está disposto a fazer qualquer coisa para enriquecer». 

O Papa Francisco mencionou como causas da escravidão moderna a pobreza, o subdesenvolvimento e a exclusão, combinadas com a falta de acesso à educação ou com a realidade caracterizada pelas escassas, para não dizer inexistentes, oportunidades de trabalho. 

O Papa denunciou na sua mensagem  desta quinta-feira que a corrupção acontece no centro de um sistema económico onde está o deus dinheiro e não o homem, a pessoa. 
Como formas de escravidão moderna sublinhou a prostituição e o tráfico de órgãos e destacou que o direito de toda a pessoa a não ser submetida a escravidão, nem à servidão» deve ser «reconhecido como um direito internacional como norma irrevogável. 

Bergoglio referiu-se na mensagem aos muitos emigrantes» que na sua viagem dramática «sofrem a fome, se veem privados da liberdade, despojados dos seus bens ou de quem se abusa física e sexualmente. 
Imigrantes que, «depois de uma viagem duríssima e com medo e insegurança, são detidos em condições às vezes inumanas» e se veem «obrigados à clandestinidade por diferentes motivos sociais, políticos e económicos» ou, «com o fim de viver dentro da lei, aceitam viver e trabalhar em condições inadmissíveis». 
Por último, referiu-se aos conflitos armados, à violência, ao crime e ao terrorismo para dizer que são outras causas da escravatura. Foto: Reuters.
Créditos: TVI24

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