domingo, 6 de dezembro de 2015

Ciro Gomes acusa Temer de ser 'capitão do golpe'

O ex-ministro da Integração Nacional Ciro Gomes (PDT) acusou neste sábado (5) o vice-presidente Michel Temer (PMDB) de ser o “capitão do golpe” e afirmou que o “impeachment é um remédio grave, absolutamente excepcional”. “Eu acuso o senhor Michel Temer de ser o capitão do golpe”, declarou durante um congresso do partido em Belo Horizonte.
Nesta quarta, o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), anunciou que aceitou abrir o processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff. Em um pronunciamento no Salão Verde da Câmara dos Deputados, ele afirmou ter aceito pedido movido pelos juristas Hélio Bicudo e Miguel Reale Júnior, negou motivação política, mas enfatizou que o pedido respeitava a legislação. Cunha é suspeito de ter envolvimento com o esquema de corrupção que atuou na Petrobras e é investigado na Operação Lava Jato.
Por meio de sua assessoria, o vice-presidente informou que não iria comentar a declaração de Ciro Gomes. Desde a abertura do processo, Michel Temer não se pronunciou sobre o impeachment. Neste sábado, Dilma Rousseff falou que espera “integral confiança” do vice-presidente.
Durante o encontro nesta tarde na capital mineira, Ciro Gomes criticou o governo da presidente Dilma, mas falou que o impeachment é um procedimento “excepcional”. “O impeachment é um remédio grave, absolutamente excepcional, que se pode usar em uma única circunstância, o cometimento de crime de responsabilidade dolosamente, ou seja, conscientemente praticado pela presidente da República. Isto não há, de fato”, afirmou o ex-ministro.
Para Ciro Gomes, a presidente Dilma enfrenta uma “dificuldade extraordinária” de governança, de respeitabilidade e de popularidade. Ele falou ainda que o Brasil enfrenta uma “tragédia” e uma “despudorada troca de chantagens a luz do dia”.
Questionado sobre a posição do senador e presidente nacional do PSDB, Aécio Neves, Ciro Gomes afirmou que o político está escalando o golpe. “Remédio para governo que não se gosta, remédio para governo ruim, não é interromper o itinerário da normalidade democrática. Porque isso introduz uma variável de instabilidade que demora 20 anos para superar”, disse. O G1 tentou contato com a assessoria de Aécio Neves, mas ninguém foi encontrado.
O presidente do PDT, Carlos Lupi, também falou com os jornalistas e afirmou que o partido vai “votar contra o golpe”. “Eu acho que esse golpe de um impeachment sem fundamento morre no nascedouro”, opinou.
“A população não aguenta mais. Mas o remédio pra isso, como falou meu companheiro Ciro, é eleição. Nós temos é que preparar candidato”, afirmou Lupi ao anunciar a candidatura do deputado estadual Sargento Rodrigues à Prefeitura de Belo Horizonte. Neste momento, o presidente do PDT destacou ainda a candidatura de Ciro Gomes à presidência nas eleições de 2018. (G1).
Créditos: WSCOM

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