quinta-feira, 21 de janeiro de 2016

Lula diz que saída da crise econômica também é política e reage a acusações

 O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu ontem (20) ações políticas para que o país saia da crise econômica. Em entrevista a blogueiros, realizada na sede do instituto que leve o seu nome, Lula também afirmou que não adianta ficar "fazendo discurso" para o mercado financeiro. Para o ex-presidente, o governo precisa ter "obsessão" com a retomada do crescimento econômico, o que é uma "tarefa política". Ele também reagiu a tentativas de incriminá-lo e ao que considera perseguição ao governo Dilma e ao PT.
"O que eu acho é que quando a gente tem crise a gente não fica discutindo crise, temos que discutir saída da crise. Na minha opinião, não tem saída só econômica se não discutir um pouco de política junto, só economia não resolve isso", afirmou Lula. "Acho que o grande sinal que o governo tem de dar é esse: nós vamos retomar o crescimento desse país custe o que custar. Isso é necessário. É necessário porque se a gente não tomar iniciativa, há uma estimativa de que o PIB (Produto Interno Bruto) possa cair mais 3% em 2016”, acrescentou.
Lula sugeriu apoio ao consumo, para estimular o mercado interno, e investimento em infraestrutura. "Termine o Comperj (Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro), a Refinaria Abreu e Lima, termine as ferrovias que começaram – muitas já estão em andamento – termine as rodovias que começaram, faça as hidrelétricas que precisam ser feitas, as linhas de transmissão que precisam ser feitas, as eólicas que precisam ser feitas. Não tem problema você aumentar a dívida em alguma coisa se for para construir um ativo novo para gerar emprego novo, para gerar renda, para gerar desenvolvimento. Não tem nenhum problema."
Para ele, também é uma questão de exemplo. "Você precisa escolher o que fazer, com investimento público. Se o governo não está pondo dinheiro, porque o empresário vai por? O governo precisa tomar a iniciativa. Precisamos de uma forte política de financiamento, temos muitas obras inconclusas que precisam ser terminadas."
Ele lembrou ainda que foi durante o governo Dilma que o país teve a menor taxa de desemprego da história (4,8%, segundo o IBGE) e que ela tem condições de fazer o país retomar o crescimento e voltar a criar postos de trabalho. E disse que "em algum momento deste mês" o governo terá de fazer algum anúncio relacionado à economia, inclusive para explicar à sociedade o que levou à mudança de titular no Ministério da Fazenda – no final do ano, Nelson Barbosa substituiu Joaquim Levy.
Créditos: Rede Brasil Atual

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