A ação policial que matou 111 presos na Casa de Detenção de São Paulo em 1992 - episódio conhecido como "massacre do Carandiru" - completa 20 anos nesta terça-feira sem que nenhum de seus responsáveis tenha sido punido.
Apenas na semana passada, poucos dias antes do 20º aniversário da carnificina, a Justiça de São Paulo decidiu agir. Apenas na semana passada, poucos dias antes do 20º aniversário da carnificina, a Justiça de São Paulo decidiu agir. Foi marcado para 28 de janeiro de 2013 o julgamento de 28 dos mais de 100 policiais militares acusados por homicídios e lesões corporais no episódio.
Até então, o comandante da operação, o coronel Ubiratã Guimarães, havia sido julgado e absolvido por ter agido no "estrito cumprimento do dever". Ele foi assassinado em seu apartamento em 2006.
Contudo, a Justiça não autorizou a realização de exames de balística nas mais de 390 armas usadas pelos policiais no caso para serem usados como prova no julgamento, segundo a advogada Ieda Ribeiro de Souza, defensora de 79 policiais acusados.
Isso dificultará o trabalho da promotoria para ligar os assassinatos a policiais específicos. O juiz do caso entendeu que a realização dos exames não seria possível por questões técnicas.
O aniversário do massacre será lembrado em um ato ecumênico organizado por entidades de defesa dos direitos humanos às 15h desta terça-feira em frente à catedral da Sé, no centro de São Paulo.
A Casa de Detenção de São Paulo foi implodida em 2002, dando lugar a um parque público.
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