quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Venezuela reduz desigualdade, mas sofre com escalada da violência



Policiais fazem revista de rotina em jovens em um dos bairros afetados pela violência em Caracas (AFP)"Isto é uma guerra de poder. É preciso se fazer respeitar. Se alguém faz algo louco, (como) um massacre, mata dois ou três com tiros na cara, o outro vê como exemplo e quer fazer algo pior", diz ele. Kevin já não vive no bairro onde cresceu porque "ficou perigoso demais". "Havia gangues que matavam gente inocente, e nós começamos a nos defender. Por isso você se mete em problema: ou morre, ou mata."
O jovem é um dos muitíssimos venezuelanos que interiorizaram uma situação que mais se assemelha a um filme do velho oeste. Mas não se considera um dos "maus que gostam de matar inocentes".
Parte de uma família desestruturada, educado em áreas urbanas em que reinam as drogas e faltam condições de moradia, Kevin vive sob a certeza de que por muito tempo seus atos permanecerão impunes, apenas engordando as estatísticas que colocam a Venezuela entre os países mais perigosos da América Latina.
Não é à toa, portanto, que a insegurança seja um dos temas-chave da campanha eleitoral para o pleito presidencial que será disputado no próximo domingo, quando o presidente Hugo Chávez enfrentará nas urnas o opositor Henrique Capriles.

BBC Brasil


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