Estudo mostra aumento da formalização, da capacitação profissional e da escolaridade dos trabalhadores
A renda per capita das famílias brasileiras aumentou, em média, 32% entre 2001 e 2011, segundo o estudo Vozes da Nova Classe Média, divulgado ontem (5) pela Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE) da Presidência da República. Em valores, a renda per capita passou de R$ 591 para R$ 783. Para o segmento específico de classe média, alvo principal do estudo, o crescimento foi de 50%.
No mesmo período, a oferta de postos de trabalho cresceu 20%, com a criação de 16 milhões de vagas. Destas, 13% foram com carteira assinada. Como a população em idade ativa aumentou em 19%, a taxa de ocupação ficou estável em 60%.
A maioria das novas oportunidades foi para assalariados. No setor privado, o total de assalariados aumentou 38%.
A remuneração média dos trabalhadores cresceu 24%. Para a classe média, o valor subiu 31%. Essa ascensão é atribuída à melhoria na capacitação e mudanças na qualidade dos postos de trabalho. Houve crescimento de 27% no nível de escolaridade, com o número de anos de estudo saltando de 6,7 para 8,5 anos.
Apesar dessas melhorias, o levantamento mostra que ainda é alta a rotatividade no mercado de trabalho brasileiro. Em média 40% dos trabalhadores mudam de emprego a cada ano e essa troca ocorre, principalmente, entre os que têm baixa qualificação e recebem até dois salários mínimos.
O levantamento indica que 54% da força de trabalho é formada por pessoas com renda de classe média, o que totaliza 47 milhões de pessoas. Mais da metade deste contingente ou 55% atuam no setor privado. Dos novos trabalhadores que ingressaram na classe média, 19 milhões (67%) também estão no setor privado.
Com informações da Agência Brasil
Créditos: Rede Brasil Atual
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