A logística do Estado, o crescimento expressivo do mercado no Nordeste e a concessão de incentivos fiscais foram determinantes na escolha. "O potencial econômico do mercado paraibano fica evidente em iniciativas como a construção do Distrito Industrial de Caaporã, autorizada recentemente, e na estrutura logística, com a proximidade dos portos de Cabedelo, Recife e Suape e dos aeroportos da Região Metropolitana de João Pessoa e Recife", diz Rabelo.
Outra cimenteira que vai se instalar na Paraíba é a Brennand Cimentos. A empresa escolheu a cidade de Pitimbu para fincar o pé no mercado nordestino. "Além da facilidade logística para distribuição do cimento pelo Nordeste, especialmente no arco que vai de Alagoas ao Ceará, a Paraíba dispõe de reservas de calcário e demais matérias-primas para a fabricação de cimento e facilidades portuárias para recebimentos de máquinas e outros insumos", explica José Eduardo Ferreira Ramos, presidente da Brennand Cimentos.
Mas a vocação econômica da Paraíba não se limita ao setor cimenteiro. "Temos vocação para os setores têxtil, calçadista, tecnologia da informação, comércio, turismo", enumera Tatiana Domiciano, diretora-presidente da Cinep. "O crescimento populacional influencia positivamente a indústria da construção civil e estimula a realização de investimentos em gêneros da indústria de transformação, desde artefatos de inox, granito, pré-moldados, móveis e vestuário, assim como o extrativismo mineral não-metálico".
A onda de crescimento também atrai investimento externo. "O grupo americano McQuilling Services LLC está investindo R$ 1,9 bilhão na construção de um estaleiro em Lucena, no Litoral Norte. Segundo a empresa, será o maior estaleiro de reparos e docagens de navios do Hemisfério Sul", comemora Tatiana.
Enquanto isso, a Paraíba se firma como um importante polo de calçados. O Estado abriga importantes unidades de grandes empresas do setor, como a São Paulo Alpargatas e a Penalty. "Decidimos concentrar nossa produção em poucos Estados, em 2006, para ganhar escala", explica Márcio Utsch, diretor-presidente da Alpargatas. "Na Paraíba, tivemos incentivos fiscais e tínhamos mão de obra bem treinada lá. Apesar do aumento no custo logístico, o ganho de escala com a concentração de operações compensou". Além da Paraíba, a empresa mantém operações no Rio Grande do Norte, Pernambuco e no Norte de Minas.
Paulo Ricardo de Oliveira, presidente da Penalty, diz que a companhia migrou sua fábrica de chuteiras do interior de São Paulo para a Paraíba há 12 anos, movida a incentivos fiscais e a alta qualidade da mão de obra. "O trabalhador paraibano tem baixo índice de absenteísmo e de turnover", diz.
Créditos: Valor Econômico/Secom-PB
Justo o que eu procurava sobre artefatos de inox. Obrigada!
ResponderExcluir