terça-feira, 4 de setembro de 2012

Farc querem diálogo de paz com o governo da Colômbia

O número um das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), Rodrigo Londoño Echeverry, confirmou aceitar "diálogos de paz" com o governo do país em um vídeo publicado nesta segunda-feira no site da guerrilha.líder das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), Rodrigo Londoño Echeverry, anunciou nesta segunda-feira sua intenção de participar de um processo de paz e finalizar quase meio século de conflito no país. Em um vídeo divulgado no site da guerrilha na internet, o integrante conhecido como “Timochenko” ou “Timoleón Jiménez” se diz disposto a dialogar com o governo colombiano "sem rancor, nem arrogância".
 Essa é a primeira declaração do grupo depois do anúncio do presidente colombiano, Juan Manuel Santos, na semana passada, sobre a existência de discussões de paz com a rebelião marxista. Os contatos entre o movimento e o governo do país tem a esperança de finalizar os 48 anos de conflito.
De acordo com a imprensa colombiana, esse ciclo de negociações deve começar em outubro na Noruega e em Cuba, com o apoio da Venezuela e do Chile.
Em seu programa na rádio colombiana, Juan Manuel Santos declarou hoje que “todas as guerras terminam com um acordo, um diálogo”. No entanto, o presidente colombiano não fez nenhuma referência à mensagem transmitida hoje pelas Farc.
O cientista político colombiano Fernando Giraldo disse à Agência France Presse que a declaração de “Timochenko” é um passo a mais no caminho traçado pelo governo do país. “É uma mensagem política que parece mostrar uma intenção de estabelecer a paz. As Farc receberam golpes muito duros e essa declaração reflete uma boa atitude”, avaliou reiterando que durante as negociações com o governo podem surgir inúmeros problemas.
Negociações secretas
Fundada em 1964, as Farc são uma rebelião de origem camponesa, e contam com cerca de 9 mil e 200 integrantes, de acordo com as autoridades colombianas.
As negociações entre o governo do país e os rebeldes teriam começado de forma secreta, no mês de fevereiro, em Havana, com a ajuda dos chefes de Estado de Cuba, Raul Castro, e da Venezuela, Hugo Chávez.

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