A presidenta Dilma Rousseff disse na tarde de hoje (8) que solicitou informações apuradas referentes às supostas denúncias feitas pelo ex-diretor da Petrobras, Paulo Roberto Costa, à Polícia Federal, e publicadas na revista Veja no último final de semana.
Ela ressaltou que é prudente saber a veracidade da acusação feita pela reportagem.
“Eu determinei ao ministro José Eduardo Cardozo (da Justiça) que fizesse um ofício à Polícia Federal pedindo que se tiver qualquer pessoa do governo federal envolvido, nós gostaríamos de ter acesso a essas informações para que o governo possa tomar as providências e saber que essas providências estão sendo tomadas baseadas em informações oficiais”, disse Dilma, durante sabatina promovida pelo jornal O Estado de S.Paulo, realizada no Palácio da Alvorada, em Brasília.
A presidenta observou que a reportagem publicada pela revista não traz detalhes, tampouco documentos ou valores sobre o suposto esquema. “É prudente saber primeiro se isso é verdade. Porque a própria revista que divulga que tem as informações, mas ela não divulga de onde tirou nem como tirou. Então, eu quero essas informações”, disse, acrescentando que os processos estão criptografados e “dentro de um cofre porque vazamento pode significar não validade das provas”.
Dilma prometeu que se for comprovado que há algum funcionário de Estado envolvido em corrupção, este sofrerá “afastamento puro e simples do governo”. Porém, disse que não cogita condenar ou perdoar baseada apenas em informação sem comprovação factual difundida na imprensa. “Eu sou presidenta da República, eu tenho que acatar informações oficiais. De quem? Da Polícia Federal, do Ministério Público Federal. É uma coisa engraçada. Se um órgão da imprensa sabe alguma coisa, e nós, que somos os acusados, não sabemos, isso é uma coisa inadmissível. Eu quero a informação mais apurada possível”, pontuou.
“Agora, também não quero dar à imprensa um caráter que ela não tem diante das leis brasileiras. A imprensa não tem nenhum fórum inequívoco para dizer quem é corrupto ou não. Quem vai falar isso para mim é quem investiga, quem tem as provas, e não diz-que-diz. Eu sou a maior autoridade do Executivo do país, eu quero a informação a mais apurada possível. Não só o governo federal tem o direito, mas a população em geral também tem direito”, completou Dilma.
Créditos: Rede Brasil Atual
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