sábado, 6 de dezembro de 2014

Leilão de energia negocia R$ 3,2 bilhões

As distribuidoras de eletricidade compraram 622 megawatts (MW) médios de energia no leilão A-1 desta sexta-feira (5), ao preço médio de R$ 197,09 por megawatt-hora (MWh), sendo que apenas Furnas, da Eletrobras, e Petrobras venderam energia numa disputa que durou menos de 20 minutos.
No leilão, que visava reduzir a descontratação das distribuidoras de eletricidade principalmente no ano que vem, evitando que elas ficassem expostas aos fortes gastos com energia mais cara no curto prazo, 33 distribuidoras compraram energia em contratos de três anos que somam R$ 3,2 bilhões.
As distribuidoras de energia elétrica precisavam de entre 4 mil e 4,5 mil megawatts médios de energia para suprir a necessidade em 2015, segundo as últimas informações divulgadas pela entidade que representa essas empresas, a Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica (Abradee).
No entanto, esse volume de contratação é necessário apenas para o primeiro semestre, já que na segunda metade do ano ficam disponíveis cotas de energia de outros cerca de 4 mil megawatts médios de concessões de geração que vencem em junho.
Furnas vendeu 352 MW médios de energia ao preço de R$ 201 por MWh, por três anos, no produto por quantidade, sem deságio. Já a Petrobras vendeu 175 MW médios de energia da térmica a gás natural Aureliano Chaves (MG), a R$ 191,99 por MWh, e 95 MW médios da térmica a gás Rômulo Almeida (BA), a R$192por MWh, no produto por disponibilidade, por três anos. O preço-teto que poderia ser praticado para esse produto era de R$ 192 por MWh. A energia precisa ser entregue a partir de janeiro de 2015.
A Companhia de Eletricidade do Amapá (CEA) contratou 13,6% do total de energia ofertado. Em segundo lugar, está a RGE, distribuidora de energia da CPFL que atua no Rio Grande do Sul, com 12,2% do total. Eletropaulo, Light e outras empresas da CPFL ainda estão entre as companhias que contrataram energia no leilão.
O principal desafio dos leilões de energia de curto prazo desde o ano passado é obter geradoras interessadas em participar com venda de energia nessas competições. Os preços máximos definidos pelo governo federal para serem praticados nesses leilões têm ficado muito aquém das previsões de mercado para preços de energia de curto prazo. Assim, as geradoras têm optado por obter mais ganhos com as negociações no mercado de curto prazo num momento em que a escassez de chuva para abastecer reservatórios das hidrelétricas e forte geração térmica acionada elevam as possibilidades de ganhos no curtíssimo prazo.
A redução pela metade do patamar máximo do preço de energia de curto prazo (PLD) para 2015, aprovada pela Aneel, reduz os ganhos que as geradoras com energia disponível poderiam obter no ano que vem nas negociações no mercado spot. No entanto, a expectativa de PLD para o ano que vem ainda está alta.
Créditos:WSCOM

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