sábado, 7 de março de 2015

Dengue já matou 24 pessoas no estado de São Paulo em 2015

Dados do Ministério da Saúde divulgados nesta sexta-feira (6) mostram que 24 pessoas morreram no estado de São Paulo por causa da dengue em 2015, número 380% maior do que as cinco mortes nas oito primeiras semanas epidemiológicas de 2014.
Os casos com sinais de alerta subiram 159%. O aumento das notificações de dengue foi de 697% - de 11.876 casos em 2014 para 94.623 em 2015.

O ministro da Saúde, Arthur Chioro, afirmou que os municípios paulistas que agora têm um aumento expressivo de dengue não "fizeram a lição de casa" para evitar a explosão de notificações e de mortes.
Segundo ele, a doença no estado evolui de forma diferente a do resto do país, onde, apesar do aumento de casos, há redução de casos graves e óbitos.

Chioro comparou os números com os resultados do país, onde as notificações subiram em menor proporção, de 73.135 para 174.676, aumento de 139%. Já os casos com sinais de alerta caíram 28%, de 771 para 555, e as mortes também tiveram redução, de 62 para 39.

Entre os municípios que não conseguiram evitar a explosão da dengue citados por Chioro está Catanduva. Lá, a taxa de infecção é de 5,6 mil a cada 100 mil habitantes, número bastante acima dos 300 por 100 mil usados como parâmetro para definir que há uma epidemia.
Chioro citou outras cidades em situação de epidemia, além de Catanduva: Sumaré tem 900 casos por 100 mil habitantes; Birigui, 525; Caraguatatuba, 424; São José do Rio Preto, 469; e Campinas, 405,2.

O prefeito Fernando Haddad esteve no evento com o ministro e lembrou que a cidade de São Paulo está abaixo da taxa considerada de epidemia, com 46 notificações por 100 mil habitantes.
Entre 4 de janeiro e 14 de fevereiro, 2.708 casos foram notificados e 563 foram confirmados autóctones (contraídos no município). No mesmo período do ano passado, foram 214 casos confirmados, aumento de 163%.

Durante o encontro, o ministro lembrou que os municípios ainda podem amenizar a situação se trabalharem melhor na prevenção e no manejo clínico. Ele afirma que a hidratação é uma das principais medidas no tratamento da dengue e que erram municípios que esperam a abertura de vagas em leitos para iniciar o tratamento.

Nesta sexta, o ministro vai se reunir com o secretário de estado da Saúde, David Uip, para ajustar ações contra a dengue que podem ser adotadas no estado, especialmente nos municípios em situação de epidemia.

Chioro comentou ainda que a crise hídrica pode ter contribuído para a explosão de casos em São Paulo, mas que não se pode "botar a culpa em São Pedro".
Ainda assim, o fato de o verão não ter acabado e de ainda existe um período de chuvas até abril, em meados do próximo mês é que deve ser alcançado o pico da dengue no país.
Créditos: Olhar Direto

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