quarta-feira, 4 de julho de 2012

Corinthians luta para quebrar sina contra "gigantes argentinos"


Boca Juniors, rival na final de 2012, e River Plate jamais perderam para o Corinthians. Foto: Marcelo Pereira/TerraAlguns dos principais responsáveis por impedir o sonho de título do Corinthians na Copa Libertadores viajaram de Buenos Aires para estragar a festa do clube mais popular de São Paulo. Responsável pela queda corintiana nas oitavas de final da edição de 1991, o Boca Juniors poderá nesta quarta-feira aplicar mais um golpe no coração do torcedor alvinegro. Para ser campeão pela primeira vez, o time do Parque São Jorge terá que derrubar uma "sina"
Nunca na história mais que centenária, o Corinthians conseguiu vencer um "gigante argentino". Em nove partidas disputadas contra adversários do país rival na Copa Libertadores, o clube do Parque São Jorge soma apenas uma vitória: contra o Rosario Central, em 9 de maio de 2000, por 3 a 2, em duelo de volta pelas oitavas de final - o time alvinegro se classificou nos pênaltis, já que perdeu pelo mesmo placar em Rosario.
O triunfo solitário diante de um rival de menor expressão se perde diante dos dois maiores clubes do país vizinho. Boca Juniors, adversário na final que pode dar o título inédito ao Corinthians, e River Plate são duas equipes que transformam o time alvinegro em um verdadeiro freguês, o qual não possui nem direito a um esboço de alegria.
O primeiro duelo contra um gigante ocorreu pelas oitavas de final de 1991. Em 17 de abril, pela primeira vez em um confronto de Libertadores em La Bombonera, o Corinthians não resistiu e caiu por 3 a 1. No jogo da volta, apesar do apoio de mais de 80 mil corintianos no Morumbi, o clube do Parque São Jorge ficou no empate por 1 a 1, em duelo marcado pela falha de Guinei, e viu os argentinos comemorarem a classificação.
Depois da derrota para o Boca e a classificação diante do Rosario, o River Plate surgiu como principal algoz corintiano na década de 2000. A primeira queda ocorreu nas oitavas de final de 2003. No primeiro duelo, no Monumental de Nuñez, o Corinthians conseguiu controlar o adversário e abrir o marcador, mas, depois da expulsão de Kléber, viu D'Alessandro iniciar a virada por 2 a 1. Em São Paulo, tragédia: cartão vermelho para Roger e novo revés por 2 a 1.
Três anos depois, municiado pelo dinheiro da MSI e com Carlitos Tevez e Nilmar no ataque, o Corinthians voltou a encontrar o River Plate. A derrota por 3 a 2 na ida, com gol do volante Xavier nos últimos minutos, foi comemorada. Contudo, no Pacaembu, mesmo com o tento de Nilmar, o clube sofreu a virada, resultado que iniciou uma explosão raivosa por parte de um grande grupo de torcedores, os quais acabaram contidos pela Polícia Militar.
Para evitar um novo cenário de tragédia no Paulo Machado de Carvalho, como o registrado há seis anos, quando os policiais impediram a invasão do gramado, o Corinthians conta com a vantagem de um empate conquistado na Argentina por intermédio de um gol no final do jogo, anotado pelo talismã Romarinho. Entretanto, para ser campeão, o time de Tite necessita da vitória, algo inédito diante dos dois maiores clubes argentinos na Libertadores. (Terra)

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